MUCUNA PRURIENS: UMA PLANTA TÃO POTENTE QUANTO UM REMÉDIO CONTRA O PARKINSON


 Uma planta tão potente quanto um remédio contra o Parkinson?

Usada há anos como planta ornamental, espécie nativa da África e da Ásia vira uma possibilidade real de tratamento

Por André Biernath 


Comprimidos de levodopa são a única maneira de regular a doença de Parkinson, marcada por rigidez muscular e tremores. Mas já se sabe, faz um tempo, que a planta Mucuna pruriens possui boas quantidade... 


Uma parte tomou o remédio sintético, enquanto outros se valeram das cápsulas naturais. E não é que a eficácia das duas abordagens foi parecida? “A ideia é, no futuro, dar uma alternativa a quem não te... 


Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/planta-medicinal-contra-o-parkinson/


Mucuna pruriens: conheça todos os benefícios para sua saúde

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Hoje vamos falar de uma planta muito conhecida na medicina Ayurvedica e que tem sido usada há milhares de anos, fornecendo saúde e bem estar para a humanidade até os tempos atuais. Essa planta é a Mucuna, famosa por ajudar em tratamentos de mal de Parkinson, fadiga e disfunção erétil. Vamos conhecer para que serve a Mucuna?

 

Mucuna Preta: características e história

Mucuna preta vagens

A Mucuna é da família Febaceae e seu nome científico é Mucuna pruriens. O nome pruriens vem do latim e significa coceira. Ela também é conhecida no Brasil como Mucuna Preta, Café Beirão e Pó de Mico. Em inglês, é conhecida como Velvet Bean, que pode ser traduzido ao pé da letra como feijão de veludo.

Muito popular na Ayurveda (medicina tradicional indiana), a Mucuna é usada desde 1500 A.C. (Antes de Cristo) como afrodisíaco e para tratar doenças como mal de Parkinson, artrite e transtornos nervosos.

A planta se originou na Índia, mas já se espalhou por todas as regiões tropicais e sub-tropicais do mundo. Os feijões da Mucuna são cultivados e consumidos na alimentação de diversos grupos étnicos da Ásia, América, África e Ilhas do Pacífico. Na Guatemala e no México, as sementes da Mucuna são torradas para fazer um substituto do café, sendo chamada de "Nescafé" na região. Enquanto os feijões da Mucuna servem de alimento para esses povos, as folhas são usadas como forragem para animais.

A Mucuna Preta é uma trepadeira com galhos compridos que possui flores brancas e roxas com pétalas que fazem um formato de borboleta. Suas vagens ficam penduradas, contêm de 4 a 6 feijões e são cobertas por "pelinhos" urticantes que causam coceira e inflamação quando entram em contato com a pele, devido à presença de uma substância chamada mucunaína. É desses pelinhos que é extraído o famoso pó de mico. Os feijões possuem uma coloração entre marrom e preto e é deles que extraímos os benefícios da Mucuna.

Os principais ativos da Mucuna são:

  • L-DOPA;
  • Mucunina;
  • Mucuadinina;
  • Prurienina.

 Há também outros ativos que não estão em maior quantidade, mas ainda são presentes, como:

  • Beta-sitosterol;
  • Glutationa;
  • Leucina;
  • Ácido venólico;
  • Ácido gálico.

 

Benefícios da Mucuna pruriens: para que serve?

A Mucuna é empregada desde a antiguidade em diversas doenças e há citações de múltiplos benefícios. Veja abaixo para que serve a Mucuna:

  • Amenizadora de doença de Parkinson;
  • Neuroprotetora;
  • Antioxidante;
  • Anti-inflamatória;
  • Analgésica;
  • Antitumoral;
  • Afrodisíaca;
  • Antivenenosa;
  • Antimicrobiana;
  • Antidiabética;
  • Vermicida.

Quanta coisa, né? Fica até difícil relacionar tantas ações. Vamos conhecer os benefícios e descobrir mais a fundo como acontecem os processos no nosso corpo.

 

Doença de Parkinson e outras doenças neurodegenerativas

Mucuna para doenca de parkinson

A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa que progride com a idade, cujo principal sintoma é a presença de tremores mesmo quando o corpo está em repouso. Apesar de sua origem ser desconhecida, é sabido que ela causa a morte de neurônios (células do cérebro) responsáveis por produzir dopamina, um neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer, controle do sono, disposição e coordenação motora. Quando os tremores começam a se manifestar, é porque houve a morte de diversos neurônios e os níveis de dopamina já estão reduzidos a 80%.

O tratamento não consegue parar a degeneração dos neurônios, mas ajuda a aliviar os sintomas. Esse tratamento é chamado de terapia dopaminérgica, onde são empregadas drogas precursoras da dopamina, ou seja, remédios que se transformam em dopamina quando são processados e chegam no cérebro. Desses remédios, o mais famoso é a L-DOPA, um composto sintético comumente chamado de Levodopa. Mas há um problema no uso de L-DOPA sintética a longo prazo, que é o aparecimento de vários efeitos colaterais, como discinesias (movimentos involuntários).

As sementes de Mucuna contêm aproximadamente 5% de L-DOPA natural, cuja ação é melhor que a L-DOPA sintética e não causa efeitos colaterais. Em estudos comparativos, a Mucuna teve uma ação mais rápida e gerou taxas de L-DOPA no sangue duas vezes maiores que a sintética. Além disso, a Mucuna contém Coenzima Q10 e NADH (Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo), duas substâncias regeneradoras usadas no tratamento da doença de Parkinson. Ela também restaura a quantidade de outros neurotransmissores como serotonina e noradrenalina.

Mas a Mucuna não é boa apenas para quem tem doença de Parkinson, pois ela ajuda no tratamento e prevenção de outras doenças neurodegenerativas, como Alzheimer. Pessoas saudáveis podem se beneficiar dela para melhorar a memória e a capacidade de aprendizado. Todos esses benefícios neuroprotetores e neurorregenedarores também estão ligados à sua ação antioxidante.

 

Ação antioxidante, anti-inflamatória e antitumoral

A oxidação acontece quando as moléculas do nosso corpo reagem com as moléculas de oxigênio, causando envelhecimento e inflamações que podem virar doenças. A Mucuna contém diversos compostos fenólicos que são antioxidantes. Esses compostos antioxidantes combatem os radicais livres e ajudam a retardar o processo de oxidação, protegendo as células de sofrerem peroxidação lipídica, danos proteicos e quebras de DNA.

Por protegerem as células do corpo, os antioxidantes da Mucuna retardam o envelhecimento e agem como anti-inflamatórios, principalmente quando a inflamação é causada por estresse oxidativo. Com a diminuição das inflamações, as dores causadas por elas também diminuem. E, por causa da ação antioxidante, a Mucuna também pode ser usada no tratamento e na prevenção do câncer. Um estudo em animais obteve resultados promissores onde a dosagem de 125 a 150 mg/kg de Mucuna ajudou a controlar o câncer, diminuindo o tamanho dos tumores e aumentando o tempo de vida dos animais

 

Ação afrodisíaca e aumento da fertilidade masculina

Mucuna para infertilidade masculina

A ação afrodisíaca da Mucuna é conhecida desde a antiguidade, mas ela não age apenas no aumento da libido no homem. As ações da Mucuna na fertilidade masculina são diversas, como:

  • Ajuda na disfunção erétil;
  • Aumenta a produção de espermatozoides;
  • Melhora qualidade de espermatozoides;
  • Aumenta os níveis de testosterona.

Como citado anteriormente, a dopamina é responsável pelas sensações de prazer, melhorando o humor e reduzindo o estresse psicológico. Com isso e o aumento nos níveis de testosterona, a libido do homem aumenta também.

Falando de forma técnica, a L-DOPA e a dopamina estimulam o hipotálamo e a parte da frente do cérebro a secretar Hormônio Liberador de Gonadotropina (GnRH). Isso faz com que a hipófise secrete Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteinizante (LH) causando um aumento na síntese de testosterona pelas Células de Leydig nos testículos.

Resumindo, a Mucuna ajuda na formação dos espermatozoides (espermatogênese), aumentando o volume de esperma, o número de espermatozoides e a mobilidade dos mesmos. Em estudos in vivo, a Mucuna conseguiu recuperar os níveis de lipídios, triglicerídeos, colesterol, fosfolipídios, frutose e Vitaminas A, C e E no plasma seminal de homens inférteis. Ela também aumentou o peso e os níveis de testosterona, colesterol e proteína nos testículos. A Mucuna facilita o transporte de esperma, ajuda na contração das vesículas seminais e, devido à sua ação antioxidante, inibe a oxidação dos espermatozoides.

 

Picada de cobra

O uso tradicional da Mucuna na Nigéria diz que suas sementes são um remédio anti-mordida-de-cobra e que, se forem engolidas inteiras, a pessoa estará protegida dos efeitos de qualquer picada de cobra por um ano inteiro. Pesquisas mais recentes demonstram que a Mucuna não protege das picadas de todas as cobras, mas pode proteger de algumas.

O extrato da Mucuna contém um componente que estimula a produção de anticorpos que reagem com certas proteínas do veneno de cobra. Diversas pesquisas conseguiram resultados positivos para cobras das espécies:

  • Echis carinatus
  • Naja sputatrix
  • Calloselasma rhodostoma

Testes in vivo mostraram que a injeção com extrato de Mucuna ofereceu proteção contra o veneno da cobra Echis carinatus, desde 24 horas após a aplicação até 1 mês depois da aplicação. Outra pesquisa aplicou a injeção de Mucuna 1 vez por semana, durante 3 semanas, e descobriu que houve proteção contra o veneno da Naja sputatrix e uma proteção moderada contra o veneno da Calloselasma rhodostoma. Porém, neste último estudo, o tratamento de menos de 3 semanas não foi o suficiente para proteger contra os venenos.

 

Síndrome metabólica

Mucuna pruriens vagens e flores

A Mucuna, em dosagens maiores, ajuda a controlar a diabetes, por conter uma substância chamada D-quiro-inositol, que controla o metabolismo de açúcar no sangue. Um estudo in vivo demonstrou que o uso da Mucuna por 6 semanas reduziu pela metade os níveis de glicemia em ratos.

Há também relatos de uso da Mucuna para controle de colesterol e de excesso de ferritina no sangue (hiperferritinemia), devido à sua ação quelante de metais pesados, como ferro.

 

Efeitos colaterais da Mucuna

Vários estudos têm comprovado que a Mucuna não tem efeitos colaterais nas doses recomendadas. Seu uso crônico (a longo prazo) não causa nenhuma mudança fisiológica ou no sangue. Há apenas alguns cuidados que devem ser tomados, como:

  • Grávidas, lactantes e crianças não devem consumir a Mucuna sem acompanhamento médico;
  • Pessoas que já usam remédios para doença de Parkinson devem usar a Mucuna sob supervisão médica, pois a junção dos dois remédios pode ficar forte demais, produzindo dopamina em excesso;
  • Pessoas que tomam remédios para diabetes precisam observar se a ação da Mucuna junto com a do remédio não vai causar hipoglicemia;
  • Pessoas com síndromes andrógenas excessivas devem tomar cuidado com o aumento de níveis de testosterona;
  • Não é recomendado para pessoas que tomam remédios hormonais para depressão, como inibidores da monoamina oxidase (IMAO).

 

Onde comprar e como tomar Mucuna

Mucuna pruriens em capsulas

A Mucuna pode ser ingerida na forma líquida, como chá e tintura, ou na forma de extrato seco em cápsulas. A ingestão na forma de cápsulas do extrato seco é mais prática, concentrada e possui um controle melhor da dosagem diária. A dose recomendada de Mucuna em extrato seco para adultos é de 200mg a 500mg diários, ou conforme recomendação médica.

Você encontra as cápsulas de Mucuna pruriens no nosso site mesmo, clicando aqui.

Em caso de dúvidas, nossos fitoterapeutas estão à disposição para esclarecimentos. Para falar com um deles, clique aqui.

 

Fontes:

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2225411016301195

https://www.phcogrev.com/sites/default/files/PhcogRev-1-1-157.pdf

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/%28SICI%291099-1573%28199709%2911%3A6<419%3A%3AAID-PTR120>3.0.CO%3B2-Q

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/ptr.962

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/ptr.2109

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/ptr.1514

http://repositorio.ufc.br/ri/bitstream/riufc/5741/1/2012_art_aalopes.pdf

https://www.ajol.info/index.php/ajb/article/view/97245

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0015028207029512

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/ptr.2109

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0015028208039356

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0367326X08001524

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874109000476

https://jnnp.bmj.com/content/75/12/1672.full

http://ijpt.iums.ac.ir/browse.php?a_code=A-10-100-49&slc_lang=en&sid=en

http://downloads.hindawi.com/journals/ecam/2010/706982.pdf

https://www.youtube.com/watch?v=ipHN_Og4MwQ

 Fonte:https://www.oficinadeervas.com.br/conteudo/mucuna-pruriens

Alternativa Natural na Doença de Parkinson

POR INSTITUTO HI-NUTRITION /  14 NOVEMBRO 2017 / ESTUDO CIENTÍFICO
A doença de Parkinson

A doença de Parkinson (DP) é uma desordem crônica neurodegenerativa caracterizada pela morte dos neurônios dopaminérgicos e deficiência de dopamina na substância negra e estriado, resultando em disfunções motoras irreversíveis como tremores de repouso, bradicinesia e instabilidade postural.
As causas primárias e o mecanismo da patogênese da DP ainda são desconhecidos. Entretanto, nos últimos 10 anos, ela têm sido relacionada ao estresse oxidativo e inflamação crônica.

Possível alternativa natural para a Doença de Parkison

Levodopa
Levodopa é um fármaco precursor da dopamina, geralmente, administrado conjuntamente a um inibidor periférico da dopa-descarboxilase (DDCI) para aumentar sua disponibilidade para transporte até o cérebro e evitar os efeitos colaterais (Huang et al., 2017).

Mucuna pruriens
A Mucuna pruriens (MP) é uma planta leguminosa que cresce espontaneamente em regiões tropicais e subtropicais, cujas sementes contêm altas concentrações de levodopa. Dessa forma, ela poderia ser uma alternativa potencial a este fármaco (Cilia et al., 2017).

Estudos sugerem que a MP possui uma atividade DDCI-like intrínseca, ou até mesmo que aja por um mecanismo independente de levodopa (Cilia et al., 2017).

Menores efeitos adversos Mucuna Pruriens X Levodopa
Um estudo clínico comprovou que a Mucuna Pruriens possui uma eficácia comparável ao Levodopa e ainda com menos efeitos colaterais. 
Este estudo duplo-cego conduzido por Cilia et al. (2017) teve como objetivo avaliar se a Mucuna pruriens pode ser utilizada como uma fonte de levodopa para indivíduos com doença de Parkinson.
Para isso, 18 pacientes com DP avançada receberam aleatoriamente cada um dos 6 tratamentos, um por dia, durante 6 dias consecutivos:

  • Tratamento 1: Levodopa + Benserazida
  • Tratamento 2: Mucuna pruriens (Dose Alta) 17,5 mg/kg
  • Tratamento 3: Mucuna pruriens (Dose Baixa) 12,5 mg/kg
  • Tratamento 4: Levodopa
  • Tratamento 5: Mucuna pruriens + Benserazida 3,5 mg/kg 
  • Tratamento 6: Placebo
Para avaliar a resposta motora, foram utilizadas a Unified Parkinson’s Disease Rating Scale (UPDRS) part III e Abnormal Involuntary Movements Scale (AIMS);
Os resultados de eficácia foram avaliados pela mudança da resposta motora aos 90 e 180 minutos e também a duração do estado;
As medidas de segurança incluíram os efeitos adversos, mudanças na pressão sanguínea, batimentos cardíacos e a severidade das discinesias.

Resultados
Quando comparado ao tratamento 1, o tratamento 3 mostrou similaridade nas respostas motoras, demonstrando menos discinesias e efeitos adversos;

Já com o tratamento 2, os pacientes obtiveram uma resposta motora melhor aos 90 e 180 minutos, com maior duração e poucas discinesias. Além disso, foi possível observar menos efeitos adversos do que nos tratamentos 1 e 4.

Conclusão
A dose única de Mucuna pruriens mostrou eficácia e segurança semelhantes à levodopa/benserazida dispersível. Os efeitos clínicos da dose alta de MP foram parecidos com os da monoterapia com levodopa na mesma dosagem, porém com perfil melhor tolerado.

Posologia indicada 
Uma cápsula de extrato seco de 500mg,de manhã e de tarde.

Fonte:https://www.hinutrition.com.br/Noticia/Post/2260




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