POR QUE AS TERAPIAS ALTERNATIVAS ADOTADAS PELO SUS SÃO UM PERIGO À SAÚDE ?


Terapia de florais: O uso de expressões como “estados vibratórios” e “harmonização” já deixa claro o caráter pseudocientífico da prática | Pixabay

"Terapia de florais: O uso de expressões como “estados vibratórios” e “harmonização” já deixa claro o caráter pseudocientífico da prática Pixabay"

"Por que as terapias alternativas adotadas pelo SUS são um perigo à sua saúde?"


Terapia de Florais, Aromaterapia e até Constelação Familiar: as novas terapias oferecidas pelo governo funcionam como placebos. E, pior, elas podem atrasar o tratamento de doenças graves e reais"

"A decisão do Ministério da Saúde de incluir mais dez “práticas complementares e integrativas” (PICs) no rol de atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), anunciada no último dia 12, foi recebida com desagrado pela comunidade médica e por cientistas brasileiros. Muitas PICs jamais foram testadas cientificamente, ou só passaram por testes superficiais e de baixa qualidade.

Quando existem testes de boa qualidade, a preponderância da evidência mostra que essas práticas não funcionam melhor do que um placebo – nome dado a procedimentos sem efeito real, mas que geram uma ilusão de tratamento, e que podem fazer o paciente se sentir um pouco melhor."

Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/por-que-as-terapias-alternativas-adotadas-pelo-sus-sao-um-perigo-a-sua-saude-2becoc831fzva4c25hj641yb9/

A bióloga Natalia Pasternak, fundadora do Questão de Ciência, que será inaugurado em novembro  

Bióloga cria instituto para combater pseudociência e influenciar debate

Primeiro alvo do Questão de Ciência será avaliar evidências científicas das práticas integrativas do SUS


Fonte:https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2018/10/biologa-cria-instituto-para-combater-pseudociencia-e-influenciar-debate.shtml

Um grupo de cientistas brasileiros lançará em novembro o Instituto Questão de Ciência, o primeiro no país voltado para a defesa do uso de evidência científica nas políticas públicas.
Entre as prioridades iniciais, os fundadores citam a luta contra a adoção de terapias pseudocientíficas no SUS, como a homeopatia, medicina tradicional chinesa, a imposição de mãos, geoterapia, aromaterapia e florais. Neste ano, chegou a 29 o número de práticas alternativas, sem o rigor científico necessário, oferecidas no sistema público.
“O uso desses tratamentos no SUS é tanto um desperdício de dinheiro público quanto um desrespeito ao cidadão, que se torna vítima de procedimentos ineficazes”, afirma a bióloga da USP Natalia Pasternak Taschner, que será a primeira presidente do Instituto Questão de Ciência. “Infelizmente, há muito a combater, como o movimento antivacinação que chega ao Brasil ou a incompreensão sobre os alimentos geneticamente modificados”.
Outros exemplos de áreas de atuação do Instituto Questão de Ciência serão o processo legislativo, em temas como biodiversidade, patrimônio genético e rotulagem de alimentos, e o combate à desinformação científica na publicidade e na mídia.
O lançamento do instituto será no dia 22 de novembro, em grande evento no Sheraton São Paulo WTC Hotel que contará com palestra do médico e ex-homeopata britânico Edzard Ernst, professor emérito da Universidade de Exeter, cujos trabalhos críticos sobre homeopatia foram cruciais para a eliminação dessa prática das redes públicas de saúde da Inglaterra e Austrália – para isso, Ernst comprou briga até com a família real britânica, ardente defensora da prática.
“A comunidade científica brasileira fez pouco em defesa do senso crítico e do uso da evidência em episódios como o da fosfoetanolamina, em que se prometia uma cura milagrosa contra o câncer, ou na invasão do Instituto Royal, em que ativistas destruíram um importante instituto de pesquisa no interior de São Paulo. Vamos ocupar esse espaço”, afirma o físico Marcelo Yamashita, diretor científico da nova entidade e do Instituto de Física Teórica (IFT) da Unesp. “Temos também que nos manifestar quando pseudociências são ensinadas nas Universidades pois isso significa dar a elas status científicos”.
O instituto terá escopo semelhante ao de seus congêneres britânico (Sense about Science) e americano (Center for Inquiry). Estarão entre as suas linhas de atuação:
1)    O ativismo institucional, por meio do contato direto com tomadores de decisão (como parlamentares, gestão de políticas públicas, magistrados, reitores) e pela manifestação em fóruns como audiências públicas, comissões parlamentares e ações judiciais, cobrando o respeito à evidência científica em todos os processos públicos;
2)    Produção de estudos, pareceres científicos e investigações críticas sobre a adequação das normas e políticas públicas a pressupostos científicos, com eventual lobby pró-ciência nas instâncias cabíveis;
3)    Criação de um Observatório da Pseudociência, um serviço público de “fact-checking” científico que analisará as declarações de autoridades, celebridades e outras figuras públicas sobre ciência, além de anúncios publicitários e conteúdos jornalísticos;
4)    Publicação e disseminação de conteúdos jornalístico, educacional e de letramento científico, além de eventos e ações de divulgação do método científico em escolas, universidades, redações e outros ambientes.
Além de Pasternak e Yamashita, a primeira diretoria do instituto será composta pelo jornalista Carlos Orsi e pelo psicólogo Paulo Almeida. O instituto conta com o apoio dos pró-reitores de pesquisa da USP, da Unesp e da Unicamp, respectivamente os físicos Sylvio Canuto, Carlos Graeff e Munir Skaf, e também do médico Drauzio Varella e de Luiz Vicente Rizzo, do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, além destes cientistas:
–  Alicia Kowaltowski, professora do Instituto de Química da USP;
–  Alfredo Nastari, publisher da Scientific American Brasil;
–  Beny Spira, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP;
–  Carlos Menck, professor do Instituto de CIências Biomédicas da USP;
–  Francisco Nóbrega, professor aposentado do Instituto de Ciências Biomédicas da USP;
–  George Matsas, professor do Instituto de Física Teórica da Unesp;
–  Hamilton Varela, vice-diretor do Instituto de Química da USP de São Carlos;
–  Jacyr Pasternak, chefe do Comitê de Integridade de Pesquisa do Hospital Albert Einstein;
–  José Eduardo Krieger, professor da Faculdade de Medicina da USP;
–  Jézio Hernani Bomfim Gutierre – Diretor-Presidente da Fundação Editora da UNESP;
–  Luis Carlos Ferreira, diretor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP;
–  Luiz Carlos Dias, professor do Instituto de Química da Unicamp;
–  Marcelo Knobel, reitor da Unicamp;
–  Marcos Buckeridge, presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo;
–  Nathan Jacob Berkovits, professor do Instituto de Física Teórica da UNESP e Diretor do ICTP-SAIFR (International Centre for Theoretical Physics – South American Institute for Fundamental Research);
–  Otaviano Helene, professor do Instituto de Física da USP e ex-presidente do Inep;
–  Paulo Saldiva, diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP;
–  Rogério Rosenfeld, professor do Instituto de Física Teórica da Unesp e Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Física;
–  Ronaldo Marin, professor da Unicamp;
–  Ronaldo Pilati, professor da Universidade de Brasília;
–  Walter Colli, professor do Instituto de Química da USP, ex-presidente da CTNBio.
Fonte:http://portalhospitaisbrasil.com.br/terapias-alternativas-no-sus-serao-primeiro-alvo-de-novo-instituto-de-defesa-da-evidencia-cientifica/

Carlos Orsi e Natalia Pasternak, respectivamente diretor e presidente do Instituto Questão de Ciência (IGC), ao lado do cético canadense James Randi, conhecido por contestar a pseudociência Foto: Arquivo pessoal

Carlos Orsi e Natalia Pasternak, respectivamente diretor e presidente do Instituto Questão de Ciência (IGC), ao lado do cético canadense James Randi, conhecido por contestar a pseudociência Foto: Arquivo pessoal

Cientistas criam instituto para combater gastos públicos em 'pseudociências'



Dança de roda, homeopatia e outras 27 práticas contempladas pelo SUS, mas sem comprovação científica, serão fiscalizadas pela instituição; iniciativa será lançada nesta quinta-feira e tem apoio de nomes como Drauzio Varella.
RIO — Combater o gasto de dinheiro público em práticas sem eficácia comprovada marcará o início do trabalho do primeiro instituto brasileiro dedicado à defesa da sociedade contra pseudociências, denominação que engloba tudo aquilo que se veste de científico embora fracasse em provar eficiência. São 29 casos, que vão da homeopatia a banhos inspirados em práticas dos homens das cavernas ao observar animais feridos e hoje pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Instituto Questão de Ciência (IQC) será lançado nesta quinta-feira, dia 22, em São Paulo, e reúne integrantes da comunidade científica e dos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, além de pró-reitores de pesquisa de USP, Unesp e Unicamp.
O IQC já nasce com o apoio de nomes reconhecidos como os médicos Drauzio Varella e Paulo Saldiva — que é diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP —, o químico Walter Colli e o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel.
À frente do instituto estarão a bióloga da USP e pós-doutora em microbiologia e genética molecular Natalia Pasternak Taschner, o diretor do Instituto de Física Teórica da Unesp Marcelo Yamashita, o jornalista e escritor de divulgação científica Carlos Orsi e o psicólogo e advogado Paulo Almeida, organizador do TEDxUSP.
A meta inicial é convencer o governo a deixar de obrigar o SUS a pagar por 29 práticas alternativas, como imposição de mãos, dança circular e homeopatia. O IQC lançará um manual de informação sobre essas práticas com orientações de como detectar quando uma terapia não consegue cumprir aquilo o que promete. A inspiração são entidades dos EUA (Center for Inquiry) e Reino Unido (Sense about Science).
— Faltam recursos para diminuir as filas de atendimento de pacientes com câncer, doenças cardíacas e diabetes, ou para melhorar as emergências. Mas há dinheiro para pagar por métodos incapazes de provar que funcionam (essas práticas). Isso é socialmente injusto — condena Taschner. — Não se trata de proibir. O cidadão tem todo o direito de acreditar no que quiser. E se desejar gastar o próprio dinheiro para se tratar com pílulas inertes, pedrinhas, flores, que o faça. Mas não é justo que o contribuinte pague por isso. O dinheiro público, tão escasso, precisa ser usado com responsabilidade, com técnicas que comprovem sua eficácia, por meios passíveis de verificação.
O IQC terá ainda um Observatório da Pseudociência, um serviço público e gratuito de fact-checking científico. Vai analisar declarações de autoridades, celebridades, figuras públicas, anúncios publicitários e conteúdos jornalísticos. Gêmea siamesa das fake news, a fake science prolifera enraizada na falta de conhecimento. A comprovação científica tem princípios de fácil entendimento. Para provar que funciona, um método precisa que seus resultados e eficácia sejam mensuráveis e reproduzíveis. Alavancadas por propagandas de celebridades e promessas de cura daquilo que é incurável, muitas pessoas são iludidas.
— O ser humano tem uma propensão natural de procurar soluções fáceis e mágicas, sem danos e ação rápida — avalia Taschner. — Mas esse é o mundo dos milagres. Não o da vida real. O direito individual a essa busca não deve ser tolhido. Mas os governos precisam empregar os recursos que captam do cidadão de forma racional, pagar por resultados e não por crenças e promessas.
O Reino Unido, no qual o SUS é inspirado, e a Austrália baniram do sistema público de saúde terapias alternativas e práticas que não conseguem comprovar eficácia, tais como homeopatia, cromoterapia e florais de Bach. 
A Espanha lançou na semana passada um Plano Nacional de Proteção da Saúde contra pseudoterapias. O plano prevê a eliminação das práticas não comprovadas dos serviços de saúde e os estabelecimentos privados que os oferecerem não poderão se denominar centros de saúde. Em setembro, a Espanha pediu à União Europeia uma legislação mais dura contra a homeopatia.
O Brasil tem seguido na direção contrária. Há 12 anos o SUS paga pelas chamadas práticas integrativas. Em março deste ano o então ministro da Saúde, o engenheiro Ricardo Barros, anunciou a inclusão de mais dez práticas ao SUS e disse que o Brasil era líder na área, com 29 práticas integrativas oferecidas pelo SUS em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios.
De fato, só o Brasil tem na lista das práticas pagas pelo poder público o uso de lama para facilitar o contato com o “Eu interior” (geoterapia), dança de roda (dança circular) e passes “para a transferência de energia vital (Qi, prana) por meio das mãos” (imposição de mãos), por exemplo. 
O Brasil já financiou também pesquisas com a fosfoetanolamina, que fracassou ao ser testada em tratamento contra o câncer. O caso é emblemático, observa Taschner, porque os pacientes que recorreram a essa substância deixaram de receber terapias adequadas.
— Uma pessoa com câncer que deixa de se tratar com uma terapia testada e passa a recorrer a uma pseudocura perde chance real de melhorar. Mesmo que o procedimento em si não seja tóxico, estará lhe roubando tempo de tratamento contra uma doença em que cada dia faz diferença — destaca ela.
Fonte:https://oglobo.globo.com/sociedade/cientistas-criam-instituto-para-combater-gastos-publicos-em-pseudociencias-23247547

A homeopatia é uma farsa


Beny Spira é professor livre-docente pela USP, com doutorado em genética molecular pela Universidade de Tel Aviv

enho expressar a minha surpresa e indignação com a publicação da reportagem Ensino de homeopatia veterinária é deficiente, afirma pesquisadora no Jornal da USP. É lastimável que essa entidade representativa da Universidade de São Paulo seja porta-voz de pseudociência (fake science). A homeopatia, apesar de ter defensores na classe médica, é uma das mais manjadas pseudociências.
Poder-se-ia argumentar que o Jornal da USP, democrático como é, deveria estar aberto a diferentes opiniões. Porém, a divulgação da homeopatia contribui para a difusão de um conhecimento errado, arcaico e perigoso. A ciência baseia-se na busca pela verdade, não em opiniões. A ciência não é democrática. Se a maioria das pessoas decidir que a Terra é plana, isso não fará com que ela deixe de ser uma esfera imperfeita. Da mesma forma, não votamos para decidir se um antibiótico é eficiente para o tratamento de uma determinada doença infecciosa; os testes clínicos dirão se ele funciona ou não. A homeopatia é considerada, pela grande maioria dos cientistas, uma pseudociência, e há diversos bons motivos para isso.

Por que a homeopatia é errada, arcaica e perigosa?

Errada, porque o princípio homeopático é baseado em duas premissas falsas: (1) o princípio dos similares e (2) a lei dos infinitesimais. O primeiro prega a máxima Simila similibus curentur, que significa “similar cura similar”. Ou seja, uma determinada enfermidade pode ser curada com alguma substância que cause o mesmo sintoma. Um exemplo: resfriados podem ser tratados com cebola (Allium cepa), pois a cebola, ao ser picada, causa sintomas parecidos com os do resfriado (coriza, irritação dos olhos e outros). Então, se o paciente tomar um remédio baseado em Allium cepa por uma semana, ficará curado do resfriado. Que maravilha! Imagine o que acontecerá se o paciente não tomar o remédio cebolístico por uma semana. Você adivinhou: o resfriado passou assim mesmo!
A homeopatia, apesar de ter defensores na classe médica, é uma das mais manjadas pseudociências.
Portanto, o princípio de “similar cura similar” é interessante, mas absolutamente errado, pois carece de evidências científicas. Mais sobre evidências científicas abaixo.
Se o primeiro princípio da homeopatia é equivocado, o que dizer, então, sobre o segundo princípio? Para responder essa pergunta, vamos parafrasear o grande físico Wolfgang Pauli, que costumava dizer: “É tão absurdo que nem errado é”. A lei dos infinitesimais estabelece que, quanto maior a diluição de um medicamento, maior a sua capacidade curadora! Se você não entendeu, não se preocupe. É tão contrário à lógica e às ciências químicas e farmacêuticas, que a nossa cabeça, dominada pela “hegemônica ciência racional”, não consegue entender a grande sabedoria que está por trás desse princípio!
Explico com mais um exemplo: na homeopatia, trióxido de arsênico é recomendado para o tratamento de diversos males, entre eles asma, resfriado, diarreia etc. Mas espere: arsênico é extremamente tóxico, além de ser carcinogênico. Como pode, então, ser utilizado para a cura de qualquer coisa? Aí vem a “grandiosidade” do segundo princípio da homeopatia: basta diluí-lo que o efeito tóxico desaparece! Mas o efeito curativo não somente permanece na solução diluída, como tem seu potencial aumentado! Por isso, “remédios” homeopáticos são normalmente diluídos 10^30 vezes ou mais. Há, porém, um pequeno problema: o químico Amedeo Avogadro, do século XIX, demonstrou que 1 mol de uma solução de qualquer composto contém 6 x 1023 (o número 6 seguido de 23 zeros) unidades desse composto. Ou seja, um mol de uma solução de trióxido de arsênico contem 6 x 1023 moléculas. Uma vez que a solubilidade máxima de trióxido de arsênico em água é de apenas 0,1 mol/litro, ao diluir essa solução 1030 vezes, adivinhe quantas moléculas de trióxido de arsênico restarão no composto diluído? Isso mesmo, nenhuma! Foi como diluir uma gota no oceano! Sendo assim, como pode um remédio homeopático curar uma enfermidade? A resposta óbvia é que não pode. Não há nenhum mecanismo que explique como uma solução homeopática ultradiluída possa ter qualquer efeito curativo.
Bom, mas você ainda pode estar pensando que a nossa pobre “ciência ocidental hegemônica” ainda não descobriu o mecanismo de ação dos compostos homeopáticos, mas que funciona, funciona! Certo?
Se o primeiro princípio da homeopatia é equivocado, o que dizer, então, sobre o segundo princípio? Para responder essa pergunta, vamos parafrasear o grande físico Wolfgang Pauli, que costumava dizer: “É tão absurdo que nem errado é”.
Novamente, sinto desapontá-lo. Apesar de o artigo ter afirmado que a “homeopatia não é estudada na universidade”, milhares de estudos já foram realizados, em todos os cantos do planeta. A grande maioria dos estudos clínicos devidamente bem conduzidos revelou que o tratamento homeopático equivale ao tratamento com placebo, ou seja, não foi detectado nenhum efeito curativo significativo de qualquer composto homeopático a não ser aquele causado por autossugestão (veja a meta-análise escrita por Shang et al. 2005; o editorial da Lancet nesse mesmo fascículo anunciando o ‘fim da homeopatia’: The Lancet 2005; ou ainda o documento: ‘Evidence on the effectiveness of homeopathy for treating health conditions do governo australiano, publicado em 2015). Por esse motivo, alguns países (que levam a ciência a sério), tal como o Reino Unido, estão em vias de banir a homeopatia do rol de medicamentos prescritos pelo sistema nacional de saúde daquele país (NHS).

Por que a homeopatia é arcaica?

Uma das principais características da ciência é o seu progresso. Todos os dias, milhares de artigos científicos são publicados. Os bons artigos adicionam conhecimento relevante ao edifício da ciência, outros trazem evidências novas e até mesmo retificam concepções científicas mais antigas. Os livros-texto das diversas áreas da ciência são frequentemente reeditados, não somente porque as editoras querem vender mais livros, mas porque conceitos importantes são adicionados ou modificados. A homeopatia não evoluiu desde o século XIX, época da sua fundação. O principal livro da homeopatia, Materia Medica, foi escrito há 200 anos!

Por que a homeopatia é perigosa?

Muitas doenças são potencialmente debilitantes ou fatais. A medicina convencional, baseada em evidências científicas, busca administrar o melhor tratamento, o qual é apontado por testes clínicos e pré-clínicos. Por exemplo, a pneumonia bacteriana, se não for tratada, pode levar à morte; mas, graças aos antibióticos, a infecção pode ser contida e o paciente, poupado. Imagine se um paciente com pneumonia tratar-se exclusivamente com compostos homeopáticos, que, como já vimos, não têm poder curador além do efeito placebo?
Para doenças benignas ou de baixa gravidade, o tratamento homeopático não causará dano maior; mas, se a enfermidade for grave, o resultado poderá ser fatal.






















































































Referências
The Lancet. “The end of homoeopathy.” The Lancet 366.9487 (2005): 690.
Evidence on the effectiveness of homeopathy for treating health conditions. 2015. https://www.nhmrc.gov.au/_files_nhmrc/publications/attachments/cam02a_information_paper.pdf
Fonte:https://jornal.usp.br/artigos/a-homeopatia-e-uma-farsa-criminosa/

“A homeopatia é uma farsa e pode ser fatal”, diz professor da USP


17/05/2017 - 11:36

Em artigo publicado ontem no Jornal da USP, Beny Spira, professor livre-docente pela USP, com doutorado em genética molecular pela Universidade de Tel Aviv, criticou a própria publicação por ter divulgado matéria sobre homeopatia.

Crédito: Marcos Santos/USP ImagensBeny Spira, professor da USP, com doutorado em genética molecular
“Venho expressar a minha surpresa e indignação com a publicação da reportagem Ensino de homeopatia veterinária é deficiente, afirma pesquisadora no Jornal da USP. É lastimável que essa entidade representativa da Universidade de São Paulo seja porta-voz de pseudociência (fake science). A homeopatia, apesar de ter defensores na classe médica, é uma das mais manjadas pseudociências”, escreveu.
Ele afirma que, mesmo que a publicação busque ser democrática e promover o debate e opiniões diferentes, divulgar esse tipo de medicina “contribui para a difusão de um conhecimento errado, arcaico e perigoso”, afirma.
Para ele a ciência é baseada na busca da verdade, não em opiniões, e não tem que ser democrática.
Quando questionado sobre o motivo de considerar a homeopatia é errada, ele afirma queseu princípio é baseado em premissas falsas como o princípio dos similares e a lei dos infinitesimais.
“O primeiro prega a máxima Simila similibus curentur, que significa ‘similar cura similar’… o princípio de ‘similar cura similar’ é interessante, mas absolutamente errado, pois carece de evidências científicas”, alega Spira.
Sobre a lei dos infinitesimais – que estabelece que quanto maior a diluição de um medicamento, maior a sua capacidade curadora – Beny diz que não existem mecanismos que expliquem como uma solução ultra diluída possa ter qualquer efeito curativo.

Crédito: Getty Images/iStockphotoSe a enfermidade for grave, o resultado poderá ser fatal”, diz Spira
O especialista comenta ainda sobre a matéria publicada previamente no jornal que: “Apesar de o artigo ter afirmado que a ‘homeopatia não é estudada na universidade’, milhares de estudos já foram realizados, em todos os cantos do planeta. A grande maioria dos estudos clínicos devidamente bem conduzidos revelou que o tratamento homeopático equivale ao tratamento com placebo, ou seja, não foi detectado nenhum efeito curativo significativo de qualquer composto homeopático a não ser aquele causado por autossugestão”.
Ainda segundo ele, países que levam a ciência a sério – como o Reino Unido – querem banir a homeopatia do rol de medicamentos prescritos pelo sistema nacional de saúde.
Beny alega que, diferente da ciência como um todo, a homeopatia não evoluiu desde o século XIX, quando foi criada. Para ele isso é perigoso.
“Muitas doenças são potencialmente debilitantes ou fatais. A medicina convencional, baseada em evidências científicas, busca administrar o melhor tratamento, o qual é apontado por testes clínicos e pré-clínicos. Para doenças benignas ou de baixa gravidade, o tratamento homeopático não causará dano maior; mas, se a enfermidade for grave, o resultado poderá ser fatal”, concluiu Spira.
Fonte:https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/homeopatia-e-uma-farsa-e-pode-ser-fatal-diz-professor-da-usp/
Crédito: Getty Images/iStockphotoEspecialistas acreditam que aviso não impactará quem já adotou homeopatia.

Homeopáticos terão aviso de que não são eficazes


31/03/2017 - 11:03

Remédios homeopáticos comercializados nos Estados Unidos deverão conter indicações em suas embalagens de que eles são baseados na ciência do século 18 e que não há evidências científicas sobre sua eficácia, segundo definição da Comissão Americana do Comércio (Federal Trade Comission).
Essa recomendação foi dada porque o órgão americano que corresponde à Anvisa brasileira não avalia os medicamentos homeopáticos com o mesmo critério dos alopáticos.
A intenção é avisar ao consumidor que os medicamentos alternativos não possuem efeitos possíveis de verificação, já que os ativos são diluídos em muita água com açúcar.
Porém, especialistas não acreditam que o aviso será efetivo para quem já adotou a homeopatia como opção à medicina tradicional.
Limites dos remédios alternativos
O médico homeopata e pediatra Yechiel Moises Chencinski, afirma que esses medicamentos podem ser usados para ajudar no tratamento de doenças graves como “pessoas vivendo com AIDS, câncer e outras doenças, mas, não como método isolado de tratamento e sim como mais uma forma de auxiliar o paciente a passar por esta fase”.
Fonte:https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/homeopaticos-terao-aviso-de-que-nao-sao-eficazes/

Os limites da homeopatia

A homeopatia cura o câncer, AIDS, diabetes, hipotiroidismo?

Pediatria - CRM 36349/SP
Por Especialistas - Em 10/6/2008

Então a homeopatia, como mexe com a pessoa e não com a doença, pode curar qualquer indivíduo?

Na minha opinião, não é bem assim. A homeopatia é uma excelente forma terapêutica, mas tem suas limitações. Ela mexe com a energia do indivíduo e exige que o paciente possa dispor desta energia para se curar. 

Assim, se o paciente sofre de uma doença que o debilita demasiadamente, a homeopatia, se não for usada de forma cuidadosa, pode agravar o seu quadro.Além disso, existem situações que não podem ser revertidas pela homeopatia isoladamente. Se o paciente sofreu uma perda importante de funções, é necessário que ele tenha todo o suporte possível para se manter vivo. 

Pessoas vivendo com AIDS, câncer e outras doenças consumptivas que interferem na 

sua imunidade precisam, necessariamente, de outro tipo de tratamento. Há correntes mais radicais da homeopatia que julgam que isso não é necessário. Meu compromisso como médico não é com esta ou aquela forma de tratamento e sim com o paciente. 

Como costumo dizer, a homeopatia é uma excelente forma terapêutica para pacientes vivos. Assim sendo, qualquer forma de tratamento reconhecido pela Medicina é válida para atingir esta finalidade. 

Então, explicando melhor, saindo de cima do muro, na minha forma de ver, a homeopatia pode ser usada em pessoas vivendo com AIDS, câncer e outras doenças, mas, não como método isolado de tratamento e sim como mais uma forma de auxiliar o paciente a passar por esta fase. 

Quando um órgão como a tireóide é retirado, é fundamental que haja um nível de hormônio tireoideano circulante para que as funções vitais do organismo possam ser executadas a contento e o estado de saúde seja mantido. A homeopatia não tem nada que substitua este tratamento. Podemos, no entanto, através do tratamento homeopático, equilibrar o organismo a tal ponto que sejam necessárias doses pequenas de reposição do hormônio, menores do que as utilizadas habitualmente, para atingir este equilíbrio. 

Dr. Moises Chencinski é médico homeopata e autor do livro: Homeopatia mais simples do que parece. 

Para saber mais, acesse: www.doutormoises.com.br 


Fonte:https://www.minhavida.com.br/saude/materias/2661-os-limites-da-homeopatia


4 motivos que colocam a homeopatia em xeque

O que é a homeopatia?¹

A homeopatia é um sistema alternativo de medicina que foi inventado por um médico alemão no início do século XIX.
Em 1800, a medicina convencional era um desastre. Dr. Samuel Hahnemann estava a procura de maneiras mais seguras e mais eficazes de ajudar seus pacientes. Ele teve uma epifania depois de tomar uma dose de casca de quinquina e desenvolver sintomas semelhantes aos da malária, a doença que a quinquina supostamente tratava. Extrapolando a partir desta única observação formulou duas leis:
·         1ª Lei (Semelhante cura Semelhante): Se uma substância provoca um determinado sintoma em pessoas saudáveis, ela pode ser usada para tratar o mesmo sintoma em pessoas doentes.
2ª Lei: A diluição aumenta a potência de um remédio.
Vale notar, que apesar dos princípios homeopáticos serem baseados em plantas, homeopatia e remédios fitoterápicos não são a mesma coisa, pois este último passa sob o crivo do método científico. Eis os 4 motivos principais que colocam em xeque a Homeopatia:
1.   Após 13 diluições, não há sequer 1 molécula do composto original na solução!¹
Os remédios homeopáticos são geralmente rotulados com a notação X ou C, o que corresponde a dez e cem. 15C significaria que uma parte do remédio foi diluída em 100 partes de água, uma parte da solução resultante foi novamente diluída em 100 partes de água, e o processo foi repetido quinze vezes. Hoje podemos calcular que lá pela décima terceira diluição de 1:100 (13C), não resta nenhuma molécula da substância original. Alguns remédios homeopáticos, são vendidos com diluições acima de 1.000C!
2.   “A memória da água é responsável pela cura”²
A “memória da água” é descrita pelos homeopatas como uma propriedade intrínseca e metafísica que diz que a água possui uma espécie de “memória”  a qual é capaz de manter o componente ativo através das diluições. O problema com essa afirmação é que: Se isso fosse verdade, os efeitos fisiológicos ainda seriam passíveis de serem comprovados pela ciência. Não há nenhuma evidência científica que aponte para a eficácia da homeopatia (Exceto placebo)
3.   Relatos não são evidências
Dizer que seu primo, sua avó ou seu cachorro melhoraram tomando homeopatia não é evidência de que os princípios homeopáticos são verdadeiros. Existem inúmeros outros fatores que possam levar a uma cura (Como o efeito placebo, por exemplo). Somente através da ciência e do método científico que se é possível isolar estas outras variáveis.
4.   Não há nenhuma evidência científica sequer de que a homeopatia funcione
Todos os anos, diversos grupos de céticos se reunem a fim de tentarem ter overdose a partir da homeopatia, resultado: Nenhum.³
O cético e mágico James Randi, possui uma instituição que desafia a homeopatas e outros pseudocientistas a mostrarem evidências científicas de que a sua pseudociência funciona. O prêmio? 1 milhão de doláres. Até hoje, ninguém levou a quantia pra casa.⁴
Dizer que a homeopatia funciona porque o Conselho Federal de Medicina o reconhece é se cegar diante de uma instituição que tem critérios não-científicos para classificar as terapias.
Mais de cem estudos científicos foram feitos tentando provar a homeopatia, nenhum deles aponta alguma evidência do funcionamento da homeopatia.⁵
Mas por que a homeopatia parece ter efeito em algumas pessoas?
Imagine que um cientista esteja interessado em investigar a eficácia da homeopatia e resolver fazer um teste duplo-cego. Ele junta 1000 pessoas e separa em dois grupos: 500 pessoas tomarão um remédio homeopático e as outras 500 tomarão um remédio de mentira, feito de açúcar. Para os dois grupos ele afirma que o remédio é homeopático. No final do experimento ele percebe uma coisa inusitada: Os dois grupos relataram melhoras.
Tal fenomêno psicológico é chamado de Efeito Placebo e diz que a simples expectativa tomando ou fazendo algo de que você vai melhorar, faz você melhorar. Isto explica boa parte dos relatos anedóticos acerca da homeopatia.⁶
Referências
1.   RODRIGUES, Douglas. «Uma Introdução à Homeopatia». Universo Racionalista..
2.     NOGUEIRA, Salvador (10 de março de 2005). «Memória” da água é curta, afirma estudo». Folha Online.
3.   «Grupo de céticos toma “overdose” para provar que homeopatia não funciona». Uol Notícias.
4.   «Randi $1,000,000 paranormal challenge». The Skeptics Dictionary
5.   BERNARDO, Kaluan. «Homeopatia em xeque. Os estudos recentes sobre a eficácia da terapia». Nexo Jornal
6.   Beecher, Henry K. “The powerful placebo.” Journal of the American Medical Association 159, no. 17 (1955): 1602-1606.

Fonte:https://universoracionalista.org/4-motivos-que-colocam-homeopatia-em-xeque/

“Homeopatia não funciona”, diz estudo

Médicos especialistas testaram pesquisas e tratamentos para 68 condições e descobriram que elas não tiveram efeito.




Por Helen Davidson
Publicado no The Guardian
A homeopatia não é mais eficaz do que um placebo, de acordo com um amplo estudo realizado pela Australia’s National Health and Medical Research Council.
O estudo da Australia’s National Health and Medical Research Council (NHMRC) avaliou a eficácia da medicina alternativa em 68 condições de saúde e concluiu que “não há nenhuma evidência confiável de que a homeopatia é eficaz”.
A homeopatia alega que “semelhantes curam semelhantes”, usando formulações altamente diluídas. The Australian Homeopathic Association afirma que “a prática trata pacientes por completo, tendo em conta a personalidade, estilo de vida e fatores hereditários, bem como o histórico de doenças.”
Mas a revisão da NHMRC, conduzida por um comitê de peritos médicos, disse que não teve nenhum impacto em uma série de condições e doenças, incluindo asma, artrite, distúrbios do sono, gripes e resfriados, síndrome crônica, eczema, cólera, queimaduras, malária e vício em heroína.
Para as 68 condições – incluindo aqueles listados – a revisão concluiu definitivamente que a homeopatia não foi mais eficaz do que um placebo, ou pelo menos não havia nenhuma evidência confiável para sugerir que era.
“Nenhum estudo à favor da homeopatia havia sido feito com um número de participantes suficientes para um resultado significativo, nem que a homeopatia causa melhoras na saúde em relação a uma substância sem efeito, ou que a homeopatia causa melhora na saúde em relação àqueles que não receberam tratamento”, diz o resumo do relatório.
Os médicos comemoram os resultados.
John Dwyer, um imunologista e professor emérito de medicina na University of New South Wales, disse ao Guardian Australia que o relatório era esperado.
“Obviamente, nós entendemos o efeito placebo. Sabemos que muitas pessoas têm doenças que são de curta duração, que por sua própria natureza, seus corpos irão curá-los, por isso é muito fácil as pessoas cairem em armadilhas,” disse Dwyer.
Dwyer, que também é co-fundador do grupo de lobby científico e vigilante da Friends of Science in Medicine, disse que não era ético para as pessoas prescrever um placebo e “enganar as pessoas”, e disse que as preparações homeopáticas devem ser “postas para fora” de uma vez por todas.
Ele disse que o maior perigo na homeopatia estava em seu uso como uma vacina.
“No meu ponto de vista como um imunologista, a questão mais grave foi a difusão do conceito de que as vacinas homeopáticas eram inofensivas e tão boas como as vacinações ortodoxas. As pessoas que acreditam em homeopatia, não estão protegendo a si mesmas e nem aos seus filhos”, disse Dwyer.
“As vacinas homeopáticas estavam sendo oferecidas para o HIV, a tuberculose, a malária… em nenhum dos casos ela foi eficaz”, disse Dwyer.
O presidente da Austrália Ocidental da Australian Medical Association (AMA), Richard Choong, concordou e disse que a AMA tem prendido por muito tempo que não há nenhuma evidência para apoiar a homeopatia.
“A homeopatia não é uma ciência. Não é baseada em ciência”, disse a Guardian Australia.
“Em muitos casos, ela pode ser considerada perigosa e pode representar um risco de vida para as pessoas, e a vacinação é um exemplo clássico disso”, disse Choong.
“Os pacientes têm sido levados a acreditar que eles foram vacinados de alguma forma usando homeopatia, quando não há nenhuma evidência para dizer que eles tenham sido imunizados contra uma doença que pode causar danos a eles.”
Choong e Dwyer pediram a cessação dos subsídios de seguros médicos privados e a venda de preparações homeopáticas em farmácias. Ambos também criticaram o ensino da prática no ensino superior.
O relatório afirma que “nem todas as provas possui o mesmo valor”, descartando apoio anedótico para a eficácia da homeopatia, e pediu que os profissionais de saúde estarem cientes dos resultados e informar seus pacientes.
“Não é possível dizer se um tratamento de saúde é ou não eficaz simplesmente por considerar as experiências dos indivíduos ou as crenças dos profissionais de saúde”, segundo o relatório.
As inscrições de grupos de interesse em homeopatia e o público estavam entre os estudos avaliados pela NHMRC, mas “não alterou as conclusões” do Conselho, em alguns casos, devido à má qualidade dos estudos apresentados.

Fonte:https://universoracionalista.org/homeopatia-nao-funciona-diz-estudo/
Médicos atacam inclusão de terapias alternativas no SUS: 'Ultrajante'
Ministério da Saúde anunciou esta semana que oferecerá práticas como aromaterapia, florais e imposição de mãos

O Globo

14/03/2018

Cromoterapia está incluída nas dez novas práticas integrativas oferecidas pelo SUS Foto: Fábio Rossi/23.06.2003
Cromoterapia está incluída nas dez novas práticas integrativas oferecidas pelo SUS Foto: Fábio Rossi/23.06.2003
RIO - A Associação Médica Brasileira (AMB) reagiu negativamente à inclusão de dez terapias alternativas no Sistema Único de Saúde (SUS), anunciada na última segunda-feira, 12, pelo Ministério da Saúde . A entidade considerou "ultrajante" e um "desrespeito" a incorporação dessas práticas, chamadas de integrativas e complementares, porque avalia que a verba disponibilizada para oferecê-las seria mais bem investida em outras áreas. 
As novas opções de terapia são apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais  (Saiba mais sobre cada uma ao fim do texto) .
Com essas dez, agora o total de terapias alternativas no SUS chega a 29. No entanto, apenas duas delas são reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM): a acupuntura e a homeopatia. As outras não podem ser realizadas ou indicadas por médicos, embora o Ministério da Saúde possa incorporá-las — e, neste caso, elas são realizadas por outros profissionais, como fisioterapeutas e massagistas.
"Para a Associação Médica Brasileira (AMB), é ultrajante que os recursos do SUS sejam direcionados a tais práticas, enquanto a cada ano se investe menos em saúde", diz a entidade, em nota. "Vemos o uso do orçamento da União, ou seja, o dinheiro da população, que deveria estar sendo aplicado em áreas da saúde negligenciadas, estão sendo gastos em 'terapias' com a total falta de reconhecimento científico", completa.
A AMB argumenta, também, que o atual momento da saúde no Brasil não é propício para este tipo de iniciativa:
"O país vive situações graves de filas para cirurgias e exames, inclusive oncológicos, hospitais superlotados, desativação de leitos e de unidades de atendimento, avanço da febre amarela, recrudescimento de doenças, como a malária, sífilis, hepatite A, tuberculose, entre outras (...). Assim a AMB considera um desrespeito aos brasileiros o uso de valores para tais práticas e, ainda, a destinação de mais recursos para a realização de grande evento internacional, o 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas para Saúde Pública, promovido pelo próprio Ministério da Saúde", diz a entidade, referindo-se ao congresso no qual a incorporação dessas dez práticas foi anunciada.
A associação destaca que só a homeopatia e a acupuntura são especialidades médicas. A primeira, desde 1980, e a segunda, desde 1995. Mas mesmo estas preocupam a AMB:
"Em muitos casos, [essas duas especialidades] estão sendo praticadas, de forma incentivada pelo governo, por não médicos, ferindo a Lei do Ato Médico e colocando em risco a saúde das pessoas.(...)  No caso da acupuntura, uma das últimas decisões judiciais foi do Supremo Tribunal Federal, publicada em 16/2, e reafirmou que o exercício da acupuntura é ilegal para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, que pleiteavam a competência para isso", diz a associação.
Na noite de segunda-feira, Carlos Vital, presidente do CFM, afirmou ao “Jornal Nacional” considerar um “desperdício” a iniciativa do SUS, já que as terapias anunciadas “não têm resultados cientificamente comprovados”.
Conheça cada uma das dez novas práticas:
Apiterapia  – método em que são aplicados na pele produtos feitos pelas abelhas, como apitoxina, geleia real, pólen, própolis e mel. Tudo com o objetivo de melhorar o sistema imunológico.
Aromaterapia  – uso das propriedades aromáticas dos óleos essenciais para promover bem-estar e saúde.
Bioenergética  – exercícios e movimentos sincronizados para ativar as energias do corpo.
Constelação familiar  – técnica de representação espacial das relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais de gerações ou de membros da família.
Cromoterapia  – utiliza as cores nos tratamentos das doenças com o objetivo de harmonizar o corpo.
Geoterapia  – uso da argila com água que pode ser aplicada no corpo. Utilizada em ferimentos, processos de cicatrização, lesões e doenças osteomusuculares.
Hipnoterapia  – conjunto de técnicas que, pelo relaxamento, induz a pessoa a alcançar um estado de consciência aumentado que permite alterar comportamentos indesejados.
Imposição de mãos  – tratamento pela imposição das mãos próximo ao corpo do paciente, para transferência de energia. O objetivo é promover o bem-estar e diminuir estresse e ansiedade.
Ozonioterapia  – método utiliza o ozônio medicinal, resultado da mistura dos gases oxigênio e ozônio, para fins terapêuticos. Acredita-se que, em contato com o organismo, essa substância melhora a oxigenação e a circulação sanguínea e reduz a dor e a inflamaçã. É usada em odontologia, neurologia e oncologia.
Terapia de Florais  – uso de essências florais que modificam certos estados vibratórios. A ideia é auxiliar no equilíbrio e na harmonização do indivíduo.
Fonte:https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/medicos-atacam-inclusao-de-terapias-alternativas-no-sus-ultrajante-22489264
Veja o HISTÓRICO do Caso:
TRATAMENTO
SUS passa a oferecer terapias alternativas para a população
Serviços são oferecidos por iniciativa local e recebem financiamento do Ministério da Saúde por meio do Piso de Atenção Básica (PAB) de cada município

publicado: 16/01/2017 15h09, última modificação: 23/12/2017 10h57


Arteterapia

Na arteterapia, a arte é usada como parte do processo terapêutico - Foto: Kássio Pereira/Governo do Paraná
O Sistema Único de Saúde (SUS) agora oferece terapias alternativas, como meditação, arteterapia, reiki, musicoterapia, tratamento naturopático, tratamento osteopático e tratamento quiroprático. A medida foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (28)).
Por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) , o Ministério da Saúde reconhece oficialmente a importância das manifestações populares em saúde e a chamada medicina não convencional, considerada como prática voltada à saúde e ao equilíbrio vital do homem.
Os serviços são oferecidos por iniciativa local, mas recebem financiamento do Ministério da Saúde por meio do Piso de Atenção Básica (PAB) de cada município.
“O campo das práticas integrativas e complementares contempla sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos, os quais são também denominados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de medicina tradicional e complementar”, diz nota do ministério.
Para o diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Allan Nuno, a medida será útil para o desenvolvimento de programas para formação de trabalhadores e investimentos na área.
“O que a gente está colocando é a possibilidade de realização e registro no sistema de informação do ministério para reconhecer formalmente esse tipo de procedimento no SUS e monitorar as ações, a partir disso, vamos conseguir inclusive desenvolver ações de formação dos trabalhadores”, disse Nuno.
De acordo com o diretor, não é necessariamente o médico que prescreve esses procedimentos. “Por exemplo, a homeopatia, para você ser habilitado a fazer você pode ser médico, enfermeiro, fisioterapeuta, professor de educação física.”
Algumas terapias já eram oferecidas na categoria “práticas integrativas”, como práticas corporais em medicina tradicional chinesa, terapia comunitária, dança circular, ioga, oficina de massagem, auriculoterapia, massoterapia e tratamento termal.
De acordo com a OMS, terapia alternativa significa que ela é utilizada em substituição às práticas da medicina convencional, já a terapia complementar é utilizada em associação com a medicina convencional, e não para substituí-la. O termo integrativa é usado quando há associação da terapia médica convencional aos métodos complementares ou alternativos a partir de evidências científicas.
“Historicamente, a gente focou muito no médico e na alopatia. A gente tem essa cultura, sentiu qualquer coisa, procura o médico, e ele passa um remédio. Mas existem outras terapias reconhecidas pela ciência que diminuem sofrimento e melhoram as condições de saúde. A gente não privilegiava tanto essas alternativas, e passamos agora a privilegiar mais”, afirmou Nuno.
Saiba mais sobre esses tipos de terapia:
Meditação
A palavra “meditação” vem do latim “meditatum”, que significa ponderar. Trata-se da prática de concentração mental com o objetivo de harmonizar o estado de saúde.
Arteterapia
Faz uso da arte como parte do processo terapêutico.
Reiki
A técnica japonesa se baseia na prática de imposição das mãos por meio de toque ou aproximação para estimular mecanismos naturais de recuperação da saúde.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Pesquisas e Difusão do Reiki, o método é um sistema natural de harmonização e reposição energética que mantém ou recupera a saúde. É um método de redução de estresse, captando, modificando e potencializando energia.
Musicoterapia
Usa a música e seus elementos como terapia, o som, ritmo, melodia e harmonia.
Tratamento naturopático
É o uso de recursos naturais para recuperação da saúde. A naturopatia encara a doença como um processo: a prevenção, o combate das causas das doenças e a estimulação da inerente capacidade de cura do organismo. O método valoriza a integração das áreas da saúde, as terapias naturais, como também a inata "sabedoria" do corpo humano, determinada pelos genes e a evolução da espécie, para auxiliar no restabelecimento da saúde.
Tratamento osteopático
É uma terapia manual para problemas articulares e de tecidos. A Osteopatia é fundamentada no exame clínico, por meio da anatomia, fisiologia e semiologia. Essa técnica é indicada para alterações dolorosas no sistema musculoesquelético, como é o caso das lombalgias, cervicalgias, hérnias de disco, dores de cabeça e nas articulações, alterações de sensibilidade e limitações articulares.
Tratamento quiroprático
É a prática de diagnóstico e terapia manipulativa contra problemas do sistema neuro-músculo-esquelético. O objetivo do método é avaliar, identificar e corrigir as subluxações vertebrais e os maus funcionamentos articulares, que podem causar irregularidades no mecanismo da coluna e na função neurológica.
Em vez de prescrever medicação, o profissional de quiroprática busca o funcionamento correto da mecânica do corpo e a nutrição adequada. O objetivo é corrigir a causa do problema, e não os sintomas.

http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2017/01/sus-passa-a-oferecer-terapias-alternativas-para-a-populacao

Ministério da Saúde inclui 10 novas práticas integrativas no SUS

Publicado: Segunda, 12 de Março de 2018, 11h00

A partir de agora, serão 29 procedimentos, até então eram 19. Em 2017, foram realizados mais de 1,4 milhão de atendimentos aos usuários, como acupuntura, auriculoterapia e yoga
Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) serão beneficiados com 10 novas Práticas Integrativas e Complementares (PICS). Os tratamentos utilizam recursos terapêuticos, baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças, como depressão e hipertensão. São elas: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais. Com as novas atividades, ao todo, o SUS passa a ofertar 29 procedimentos à população.
“O Brasil passa a contar com 29 práticas integrativas pelo SUS. Com isso, somos o país líder na oferta dessa modalidade na atenção básica. Essas práticas são investimento em prevenção à saúde para evitar que as pessoas fiquem doentes. Precisamos continuar caminhando em direção à promoção da saúde em vez de cuidar apenas de quem fica doente”, ressaltou o ministro Ricardo Barros.
A inclusão foi anunciada nesta segunda-feira (12), no Rio de Janeiro (RJ), durante a abertura do 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública (INTERCONGREPICS).Além das 10 novas inclusões, também será publicada uma portaria que definirá as diretrizes e modo de implantação dos procedimentos termalismo/crenoterapia e medicina antroposófica, que já eram oferecidas no SUS de forma experimental.
Em 2006, quando foi criada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) eram ofertados apenas cinco procedimentos. Após 10 anos, em 2017, foram incorporadas 14 atividades, chegando as 19 práticas disponíveis atualmente à população: ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga.
As terapias estão presentes em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios, sendo que 88% são oferecidas na Atenção Básica. Em 2017, foram registrados 1,4 milhão de atendimentos individuais em práticas integrativas e complementares. Somando as atividades coletivas, a estimativa é que cerca de 5 milhões de pessoas por ano participem dessas práticas no SUS. 
Atualmente, a acupuntura é a mais difundida com 707 mil atendimentos e 277 mil consultas individuais. Em segundo lugar, estão as práticas de Medicina Tradicional Chinesa com 151 mil sessões, como taichi-chuan e liangong. Em seguida aparece a auriculoterapia com 142 mil procedimentos. Também foram registradas 35 mil sessões de yoga, 23 mil de dança circular/biodança e 23 mil de terapia comunitária, entre outras.
Evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. Além disso, há crescente número de profissionais capacitados e habilitados e maior valorização dos conhecimentos tradicionais de onde se originam grande parte dessas práticas. No ano passado foram capacitados mais de 30 mil profissionais.

CONGRESSO

O Brasil é referência na área e para tratar desse assunto, o Ministério da Saúde promove entre os dias 12 e 15 de março o 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública (INTERCONGREPICS), e o 3º Congresso Internacional de Ayurveda. Os dois eventos serão realizados no Rio de Janeiro, no Centro de Convenções Riocentro, com programação integrada. São esperados cerca de quatro mil pesquisadores do assunto.
O encontro vai promover debates com pesquisadores internacionais e do Brasil, e troca de experiências entre os profissionais, gestores e pesquisadores das diversas práticas integrativas. Serão apresentados durante o evento mais de 900 trabalhos científicos e relatos de experiências no SUS, de todas as regiões do país e de outros países também.
Durante a abertura do congresso, nesta segunda-feira (12), foi lançado um glossário temático de práticas integrativas. O manual reúne os principais vocábulos utilizados na linguagem do campo de atuação dessa área técnica. Entre os objetivos estão fornecer referências para a compreensão de termos e conceitos, além de proporcionar a exatidão conceitual e definir a atuação de cada termo em seus diferentes contextos institucionais.

IMPLANTAÇÃO

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), publicada em 2006, instituiu no SUS abordagens de cuidado integral à população por meio de outras práticas que envolvem recursos terapêuticos diversos. Desde a implantação, o acesso dos usuários tem crescido.
A política traz diretrizes gerais para a incorporação das práticas nos serviços e compete ao gestor municipal elaborar normas para inserção da PNPIC na rede municipal de saúde. Os recursos para as PICS integram o Piso da Atenção Básica (PAB) de cada município, podendo o gestor local aplicá-los de acordo com sua prioridade. Alguns tratamentos específicos, como acupuntura recebem outro tipo de financiamento, que compõe o bloco de média e alta complexidade. Estados e municípios também podem instituir sua própria política, considerando suas necessidades locais, sua rede e processos de trabalho.
Confira cada uma das dez novas práticas:
Apiterapia – método que utiliza produtos produzidos pelas abelhas nas colmeias como a apitoxina, geléia real, pólen, própolis, mel e outros.
Aromaterapia – uso de concentrados voláteis extraídos de vegetais, os óleos essenciais promovem bem estar e saúde.
Bioenergética – visão diagnóstica aliada à compreensão do sofrimento/adoecimento, adota a psicoterapia corporal e exercícios terapêuticos. Ajuda a liberar as tensões do corpo e facilita a expressão de sentimentos.
Constelação familiar – técnica de representação espacial das relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais de gerações ou membros da família.
Cromoterapia – utiliza as cores nos tratamentos das doenças com o objetivo de harmonizar o corpo.
Geoterapia – uso da argila com água que pode ser aplicada no corpo. Usado em ferimentos, cicatrização, lesões, doenças osteomusuculares.
Hipnoterapia – conjunto de técnicas que pelo relaxamento, concentração induz a pessoa a alcançar um estado de consciência aumentado que permite alterar comportamentos indesejados.
Imposição de mãos – imposição das mãos próximo ao corpo da pessoa para transferência de energia para o paciente. Promove bem estar, diminui estresse e ansiedade.
Ozonioterapia – mistura dos gases oxigênio e ozônio por diversas vias de administração com finalidade terapêutica e promove melhoria de diversas doenças. Usado na odontologia, neurologia e oncologia.
Terapia de Florais – uso de essências florais que modifica certos estados vibratórios. Auxilia no equilíbrio e harmonização do indivíduo
Por Carolina Valadares, da Agência Saúde
Atendimento à Imprensa(61) 3315-3533/3580
Fonte:http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/42737-ministerio-da-saude-inclui-10-novas-praticas-integrativas-no-sus

Ministério da Saúde promove 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Complementares

O evento acontecerá entre os dias 12 e 15 de março, no Rio de Janeiro. Os inscritos poderão participar de debates, aprender com os painéis globais e conhecer diferentes experiências em medicina integrativa de todo o mundo
Crédito: Rodrigo Nunes/MS
Acesso às Práticas Integrativas tem crescido exponencialmente nos últimos anos no SUS
O Ministério da Saúde promove, entre os dias 12 e 15 de março, o 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública (INTERCONGREPICS). Na ocasião, também acontece o 3º Congresso Internacional de Ayurveda.  Os dois eventos, com programação integrada, serão realizados no Centro de Convenções Riocentro, no Rio de Janeiro (RJ). O evento deve contar com a participação de aproximadamente quatro mil pessoas, entre pesquisadores, profissionais da saúde, gestores, representantes de organismos internacionais ligados às Práticas Integrativas e público em geral.
A pasta identificou um amplo crescimento da oferta de Práticas Integrativas (PICS) no país devido ao reconhecimento da eficácia terapêutica. O Brasil é referência na área e, ao promover o Congresso, o Ministério da Saúde reafirma mais uma vez o compromisso que iniciou há 12 anos com a criação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares.
O evento irá contar com fóruns de discussão internacionais para integração e troca de experiências entre profissionais, gestores e pesquisadores das diversas práticas integrativas do Brasil e de outros países. Evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. Além disso, há crescente número de profissionais capacitados e habilitados e maior valorização dos conhecimentos tradicionais de onde se originam grande parte dessas práticas.

PROGRAMAÇÃO

O encontro terá espaço para apresentação de trabalhos científicos por profissionais ligados às Práticas Integrativas e Complementares, como a medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, ayurveda, homeopatia, plantas medicinais/fitoterapia, naturopatia, entre outras. As inscrições do público em geral podem ser feitas pelo site (congrepics.saude.gov.br) ou no local do evento a partir do dia 12. O credenciamento da imprensa deve ser feito pelo e-mail: lista.imprensa.congrepics@saude.gov.br.
As apresentações programadas também contarão com nomes de referência no cenário internacional, como Madel T. Luz, Thomas Breitkreuz e Georg Seifert. Também estarão presentes representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
PNPIC - A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), publicada em 2006, instituiu no Sistema Único de Saúde (SUS) abordagens de cuidado integral à população por meio de sistemas complexos e outras práticas que envolvem recursos terapêuticos diversos. Desde a sua implantação, o acesso dos usuários do SUS a essas práticas tem crescido exponencialmente.
Institucionalizadas por meio da PNPIC, atualmente são ofertadas 19 práticas integrativas no Sistema Único de Saúde: ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga.
SERVIÇO
1º Congresso Internacional De Práticas Integrativas e Saúde Pública
Data:
 12 a 15 de março de 2018
Local: Riocentro, Avenida Salvador Allende, 6555, Barra da Tijuca, Rio de janeiro (RJ) 
Credenciamento de imprensa: lista.imprensa.congrepics@saude.gov.brInscrições para o público em geral: Até 12 de março de 2018 (congrepics.saude.gov.br), ou no local do evento, conforme disponibilidade de vagas.

Por Nicole Beraldo, da Agência Saúde

Atendimento à Imprensa
(61) 3315-3880/3174/3580

Ministério da Saúde inclui 14 novos procedimentos na Política Nacional de Práticas Integrativas

O Ministério da Saúde incluiu nesta terça-feira (28) 14 novos procedimentos à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) do Sistema Único de Saúde (SUS). São tratamentos que utilizam recursos terapêuticos, baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para curar e prevenir diversas doenças como depressão e hipertensão. A inclusão foi realizada por meio da Portaria nº 849/2017, publicada no Diário Oficial da União (D.O.U). A partir de agora, o SUS passa a ofertar 19 práticas integrativas e complementares à população – até então eram cinco – no âmbito do Sistema Único de Saúde. São elas: homeopatia, Medicina Tradicional Chinesa/acupuntura, medicina antroposófica, plantas medicinais e fitoterapia e termalismo social/crenoterapia, arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e yoga. Essa nova portaria complementa outra, a de nº 145/2017, publicada em janeiro deste ano, que incluiu no rol de procedimentos do SUS as práticas integrativas de arteterapia, meditação, musicoterapia, tratamento naturopático, tratamento osteopático, tratamento quiroprático e Reiki. Esses procedimentos já eram oferecidos por vários municípios brasileiros, segundo dados do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ-AB), mas, com as inclusões, o Ministério da Saúde passou a ter informações qualificadas dessas práticas em todo o país. Além das inclusões, a Portaria nº 145/2017 também renomeou procedimentos que já estavam no rol das PICS para facilitar a identificação, pelos gestores, dos procedimentos nos sistemas de informação do SUS. As novas nomenclaturas são para terapia comunitária, dança circular/biodança, yoga, oficina de massagem/automassagem, sessão de auriculoterapia, sessão de massoterapia, e tratamento termal/crenoterápico. PANORAMA – Desde a implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, do Ministério da Saúde, em 2006, a procura e o acesso dos usuários do SUS a esses procedimentos tem crescido significativamente. Em 2016, mais de 2 milhões de atendimentos das PICs foram realizados nas Unidades Básicas de Saúde de todo o país, sendo 770 mil de medicina tradicional chinesa, incluindo acupuntura, 85 mil de fitoterapia, 13 mil de homeopatia e 923 mil de outras práticas integrativas que ainda não possuíam código próprio para registro e que passaram a fazer parte do rol no início do ano. Além disso, a implementação do e-SUS e do prontuário eletrônico tem melhorado a qualidade do registro, o que tem aumentado o número de procedimentos realizados e informados pelas unidades de saúde em todo o Brasil. Outro fator importante foram os cursos de práticas integrativas e complementares ofertados pelo Ministério da Saúde, de 2014 a 2016, para mais de 17 mil trabalhadores de saúde no País. Existem, ainda, mais de 100 mil profissionais na atenção básica e 47 mil em unidades de saúde com formação e habilitação em alguma das práticas integrativas e complementares. Atualmente, 1.708 municípios oferecem práticas integrativas e complementares e a distribuição dos serviços está concentrada em 78% na atenção básica, principal porta de entrada do SUS, 18% na atenção especializada e 4% na atenção hospitalar. Mais de 7.700 estabelecimentos de saúde ofertam alguma prática integrativa e complementar, o que representa 28% das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os recursos para as PICS integram o Piso da Atenção Básica (PAB) de cada município, podendo o gestor local aplicá-los de acordo com sua prioridade. Em 2016, o investimento do Ministério da Saúde na Atenção Básica foi de R$ 16,7 bilhões para todo o país. Alguns tratamentos específicos, como acupuntura recebem outro tipo de financiamento, que compõe o bloco de média e alta complexidade, que, no ano passado, teve investimento total de R$ 45,2 bilhões. Estados e municípios também podem instituir sua própria política, considerando suas necessidades locais, sua rede e processos de trabalho.
Por Gustavo Frasão, da Agência Saúde
Atendimento à Imprensa - (61) 3315-3533/3580

Meditação: pensamentos controlados, respiração correta e saúde de sobra

     Em tempos em que o estresse faz inúmeras vítimas e se torna comum na vida das pessoas, meditar é preciso! E o SUS pode te ajudar a conhecer essa prática milenar





    Foto: Sammya Alves
    Trocar a euforia do dia a dia pela calmaria, descansar mente e corpo e controlar a emoção são alguns dos benefícios de uma técnica milenar que chegou ao Sistema Único de Saúde (SUS). Estamos falando da meditação. Você sabe o que é fantástico nessa prática? Qualquer pessoa pode fazer. Ela estimula a concentração, reduz a depressão e a hiperatividade e faz com que o praticante se cuide mais.
     A psicóloga Nara Moraes coordena duas turmas de meditação na Unidade Básica de Saúde (UBS) Celeste, em Campo Bom, cidade do interior do Rio Grande do Sul. Para ela, independentemente de serem ou não doentes, as pessoas podem buscar alguma das práticas integrativas para melhorar a qualidade de vida. “Não vamos esperar que tenhamos problema de memória e estresse. Vamos trabalhar a prevenção. Esse é nosso objetivo com a meditação”, orienta.
    Nara Moraes explica que a meditação é um processo de tratamento e de cura, dependendo do hábito criado pelo praticante. Os benefícios são gradativos, não são de uma sessão para outra, mas podem ser rápidos sim. “O principal é o autoconhecimento. Conectar-se consigo próprio. Isso vai facilitar a conexão com o outro também”, ensina a psicóloga.
    Prática Integrativa
    Em uma das visitas à UBS de Campo Bom, a dona Hilária Sulzbach viu um cartaz que convidava para conhecer a meditação. Foi a primeira vez e nunca mais parou. Aprendeu a meditar em casa, inclusive. “Eu dormia mal, era ansiosa, sempre muito preocupada em fazer as coisas. Agora me sinto calma. É um tratamento sem remédio, que pode levar algum tempo, mas é muito bom”, relata.
    Desde março de 2017, a meditação e outras técnicas que promovem a saúde, e assim evitando doenças, passaram a compor o rol de serviços oferecidos pelo SUS. Isso, graças à portaria do Ministério da Saúde, responsável pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Um dia depois da Portaria 849/2017, a psicóloga Nara e o colega, o médico Charles Genehr, já começaram a trabalhar com a meditação como ferramenta de promoção à saúde.
    Defensor da prática, Charles esclarece que o atendimento na unidade é para apresentar os métodos e guiar os pacientes, mas cabe a cada um colocar a mediação como hábito e, se possível, fazer ao menos 15 minutos todos os dias. “A mente não pode se alimentar uma vez por semana, somente”. 
    O médico lembra que o estresse está envolvido com 80% das doenças e a meditação é excelente para combater esses casos. “Um estudo de Harvard mostra que a meditação foi capaz de reduzir 40% das consultas médicas. As pessoas precisam ter ciência do potencial da meditação para a condição de saúde da população”, ressalta.
    Benefícios da Meditação

    Saúde gera saúde
    Estamos falando de uma das práticas integrativas mais pesquisadas no mundo. “Ela é promotora da saúde, atua como ferramenta de conhecimento das próprias emoções, do controle do estresse, e do autoconhecimento. Isso gera diversos benefícios para o praticante, como o controle da hipertensão arterial, da ansiedade, depressão, inclusive de dor crônica”, reforça o consultor técnico do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Daniel Amado.
    De acordo com Daniel, pesquisas têm apontado que um praticante frequente de meditação também adquire outros hábitos saudáveis. “Ele costuma se preocupar mais consigo, perceber as coisas que lhe fazem mal e adotar práticas de alimentação saudável e de atividade física”. O técnico reforça que meditação tem baixo custo e a reprodução das experiências é muito rápida.
    Se na sua cidade não tiver nenhuma unidade de saúde que ofereça a meditação ou outras práticas integrativas, entre em contato com a gestão de saúde local e manifeste seu interesse. Cabe aos municípios, com apoio dos Estados e do Ministério da Saúde, implementarem este tipo de serviço.
    Meditação guiada de 10 minutos
    Qualidade de vida
    Em 2015, a analista administrativo Juliana Morais ouviu do médico que os sintomas da síndrome do intestino irritado que ela sentia eram muito mais emocionais. Então, ela resolveu aceitar o convite de uma amiga para meditar, no lugar de usar medicação.
    “Eu achei que aquilo fosse impossível, porque eu não conhecia nada sobre a prática. Mas eu também sabia que poderia ser uma alternativa para que eu não tomasse remédio por causa da síndrome. Nunca tinha meditado, o grau que eu me encontrava emocionalmente fazia com que eu achasse impossível ficar 30 minutos ali parada. Fiz e achei o máximo, me senti muito bem. Hoje eu pratico todos os dias”, relata.
    Com a prática, Juliana não se livrou apenas da síndrome, teve outros benefícios. “Meditação é qualidade de vida, é você aprender a olhar para si, a respirar antes de tomar alguma atitude, de fazer algum comentário. Eu super indico para todas as pessoas. Foi um divisor de águas. Existe uma Juliana antes da meditação e uma depois”, destaca.

     Erika Braz, para o Blog da Saúde

    Musicoterapia usa ritmo e melodia como alternativa para tratar doenças

      Com a musicoterapia é possível melhorar a autoestima, coordenação motora, deficiências e também tratar doenças
      musicoterapiaAjuda na interação com o mundo, pode ser para relaxar, aguçar os sentidos, movimentar o corpo, melhorar a coordenação motora e até mesmo para  ajudar na cura de doenças. Essas e outras possibilidades são trabalhadas na musicoterapia.  

      O objetivo é utilizar a música – som, ritmo, melodia e harmonia – para auxiliar na comunicação, na aprendizagem, na expressão e atender necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas do indivíduo ou do grupo. “A música é muito provocativa, muito convidativa para entrar no mundo da comunicação. Serve para o indivíduo começar a se expressar, sendo capaz de auxiliar na cura ou melhora de uma doença”, explica Clarisse Prestes,  musicoterapeuta e professora de musicalização da Universidade de Brasília-UNB.
      A publicitária Monique de Jesus é mãe do João Paulo, de cinco anos. O menino, que tem autismo, provou para ela que a música foi fundamental para ajudá-lo  no convívio social. “Eu percebi que ele era muito sensível aos barulhos, depois da terapia ele ficou mais calmo. Além disso, ajudou na interação, hoje ele convive melhor com as crianças e gosta de ficar perto e ficou mais extrovertido”, descreve.
      “Ela (musicoterapia) pode ser utilizada em todas as idades e pode ser usada em vários tipos de dificuldades. Desde UTI até um asilo de idosos, crianças autistas, cegas e com vários outros tipos de dificuldades. A metodologia pode variar desde jogos, instrumentos para não limitar e chegar até a música” ressalta a musicoterapeuta Clarisse Prestes. Na maior parte dos casos a musicoterapia é ativa, ou seja, o próprio paciente toca os instrumentos musicais, canta, dança ou realiza outras atividades junto com o terapeuta. Já a forma passiva, o profissional usa apenas a música para ajudar no tratamento.
      Aproveitar a música como alternativa terapêutica vem desde o início da história humana. Porém, esse método só começou a ser utilizado após a Segunda Guerra Mundial no auxilio da recuperação dos soldados feridos. O primeiro curso universitário de Musicoterapia foi criado em 1944 na Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos.  No Brasil o primeiro curso de graduação foi em 1972, no Rio de Janeiro, no Conservatório Brasileiro de Música.
      Oferta no SUS

      Para oferecer aos pacientes um atendimento mais humanizado, novos procedimentos foram incluídos na lista de práticas integrativas do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da publicação da Portaria 145/2017. Desde janeiro deste ano, além da musicoterapia, são ofertadas sessões de arteterapia, meditação, quiropraxia, reiki, tratamento naturopático e tratamento osteopático.
      A Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) foi criada há onze anos com a proposta de abordar cinco práticas: fitoterapia, acupuntura, homeopatia, medicina antroposófica e termalismo.
      Hospital da Criança, em Brasília, oferta a musicoterapia como alternativa para tratamento de doenças. Assista:
       

      A iniciativa foi tão bem aceita pela população que rapidamente cresceu por todo o país, e hoje estas práticas são oferecidas por 1.708 municípios em todos os estados. São mais de 6.060 estabelecimentos de saúde, sendo que 78% estão na Atenção Básica, 18% nos serviços ambulatórios como centros de referência e 4% em hospitais.
      Com as novas práticas, o Ministério da Saúde já oferece dezoito recursos terapêuticos através do SUS. Mas o exercício desses serviços depende da organização local.  A maior parte é realizada na Atenção Básica pelas Equipes de Saúde da Família. Outros municípios possuem centros de referência para onde os usuários são encaminhados. Alguns hospitais utilizam essas terapias, de diferentes maneiras, em pacientes internados. Quer saber onde encontrar essas práticas integrativas na sua região? Entre em contato com a secretaria de saúde para mais informações.
      Luiza Tiné, para o Blog da Saúde

      Shantala: massagem resulta em inúmeros benefícios para os bebês




      Fonte:http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/42737-ministerio-da-saude-inclui-10-novas-praticas-integrativas-no-sus

      Agora, SUS passa a oferecer 29 tratamentos alternativos


      Reiki, ioga e acupuntura estão entre os procedimentos da medicina alternativa colocados à disposição da população


      Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil passou a incorporar 10 novas práticas de medicina alternativa. Agora, são 29 os procedimentos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais oferecidos pelo SUS.

      Em evento no Rio de Janeiro, nesta segunda, dia 12 de março, o ministro da Saúde Ricardo Barros comenta que nosso país lidera a oferta de modalidades integrativas na saúde pública, com cinco milhões de usuários em 9.350 estabelecimentos de 3.173 municípios. De acordo com Barros, tais práticas são investimentos em prevenção de saúde, para que as pessoas não fiquem doentes, e evitar que os problemas delas se agravem, que sejam internadas e que se operem, o que gera custos para o sistema e tira qualidade de vida do cidadão.

      "Somos, agora, o país que oferece o maior número de práticas integrativas disponíveis na atenção básica. O SUS financia esse trabalho com a transferência para os municípios, e nós passamos então a caminhar um pouco na direção do fazer e não cuidar da doença", diz o ministro.

      Ridardo Barros explica que a incorporação das terapias chamadas de alternativas ao SUS teria sido baseada em evidências científicas e na tradição. "Estamos falando de medicina tradicional: ao longo de milênios, essas coisas deram certo. A maioria dos medicamentos é baseada no princípio ativo dessas plantas. Antes, tomava-se um chá de determinada planta e hoje toma-se um comprimindo de uma substância extraída daquela planta, o que faz exatamente o mesmo efeito".

      Desde 2006, já eram oferecidos pelo SUS os tratamentos de acupuntura, homeopatia, fitoterapia, antroposofia e termalismo. No ano passado, foram incluídas 14 práticas: arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturoterapia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e ioga. Agora, somam-se à lista a apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais.

      O ministro destaca que, no ano passado, foram 1,4 milhão de atendimentos individuais. A maioria foi de acupuntura, com 707 mil pessoas atendidas. Depois, vieram medicina tradicional chinesa, com 151 mil sessões de tai chi chan e liangong; a auriculoteriapia, com 142 mil procedimentos; e a ioga, com 35 mil sessões.

      "Primeiro, estamos consolidando a oferta do serviço, permitindo que as estruturas de atenção básica implantem esses serviços e coloquem à disposição das pessoas. Agora é fazer a divulgação e o engajamento dos cidadãos na prevenção, que não é a nossa cultura. Se você vai à China, a cada 50 m tem uma casa de massagem. Aqui, a cada 50 m tem uma farmácia. Essa é a mudança que precisa ser alcançada", afirma Ricardo Barros.
      Veja, abaixo, a lista de todos os tratamentos alternativos oferecidos pelo SUS:

      • Acupuntura
      • Homeopatia
      • Fitoterapia
      • Antroposofia
      • Termalismo
      • Arteterapia
      • Ayurveda
      • Biodança
      • Dança circular
      • Meditação
      • Musicoterapia
      • Naturoterapia
      • Osteopatia
      • Quiropraxia
      • Reflexoterapia
      • Reiki
      • Shantala
      • Terapia comunitária integrativa
      • Ioga
      • Apiterapia
      • Aromaterapia
      • Bioenergética
      • Constelação familiar
      • Cromoterapia
      • Geoterapia
      • Hipnoterapia
      • Imposição de mãos
      • Ozonioterapia
      • Terapia de florais

      (com Agência Brasil)

      Fonte:https://www.revistaencontro.com.br/canal/atualidades/2018/03/agora-sus-passa-a-oferecer-29-tratamentos-alternativos.html

      SUS inclui dez novas terapias alternativas, como a de florais
      Hipnoterapia e cromoterapia também serão ofertadas

      Postado em 15 de Março de 2018



      O Sistema Único de Saúde (SUS) vai passar a oferecer dez novas terapias alternativas. Foram incluídas práticas como aromaterapia, cromoterapia, hipnoterapia e terapia de florais. 
      Na lista há também tratamentos menos conhecidos, como constelação familiar, técnica de representação espacial das relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais de gerações ou membros da família, e imposição de mãos, descrita pelo ministério da Saúde como "cura pela imposição das mãos próximo ao corpo da pessoa para transferência de energia para o paciente".
      O efeito, diz a pasta, é promover bem-estar e diminuir o estresse e a ansiedade. Baseadas em conhecimentos tradicionais, práticas como essas têm sido adotadas com maior frequência em unidades da rede pública de saúde.
      Com a ampliação, anunciada nesta segunda-feira (12), serão 29 práticas desse tipo disponíveis para os pacientes. No SUS, são chamadas de "práticas integrativas" ou "complementares" à medicina convencional. Cabe às unidades de saúde municipais e estaduais decidir se adotam ou não os tratamentos. 88% deles são oferecidos na rede de atenção básica.
      A oferta dessas práticas pelo SUS não se dá sem polêmica. O CFM (Conselho Federal de Medicina) reconhece apenas duas das 19 terapias que hoje fazem parte da política de práticas complementares no SUS. É o caso da acupuntura e da homeopatia, para as quais há possibilidade de atuação médica. Além dessas, o conselho também apoia o pilates como coadjuvante no tratamento e recuperação de problemas no aparelho locomotor —a prática, porém, não faz parte da política nacional do Ministério da Saúde.
      Para outras, uma resolução do conselho de 1998, ainda em vigor, veta a indicação como tratamento. Ao menos seis das dez práticas incluídas a partir de agora não são reconhecidas pelo conselho  —aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, geoterapia, imposição de mãos e ozonioterapia. "Isso não significa que o Ministério da Saúde não possa incorporá-las, mas deixamos claro que os médicos não podem indicá-las ou utilizá-las", afirma o presidente do CFM, Carlos Vital.
      Para ele, faltam evidências científicas e avaliação consistente de riscos e malefícios. Já o ministério da Saúde diz que evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares.

      Aumento e Oferta

      Inicialmente, apenas cinco práticas alternativas eram oferecidas pelo SUS. Em 2017, foram incorporadas 14 atividades, chegando às 19 práticas disponíveis atualmente: ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga.
      Hoje, as terapias estão presentes em 57% dos 5.570 municípios do país. Em oito anos, o número de atendimentos em terapias alternativas e complementares no SUS cresceu 670%, passando de 271 mil, em 2008, para 2,1 milhões em 2016, segundo o Ministério da Saúde.
      O ministério da Saúde estima que cerca de 5 milhões de pessoas por ano participem dessas práticas no SUS. 
      Além das novas inclusões, o ministério de Saúde também definiu as diretrizes e modo de implantação dos procedimentos termalismo/crenoterapia e medicina antroposófica, que já eram oferecidas no SUS de forma experimental.
      Terapias alternativas oferecidas pelo SUS
      Tipos de terapias: 29
      Quem faz: 5 milhões de pessoas por ano
      Terapias incluídas a partir de agora
      1. Apiterapia: método que utiliza substâncias produzidas pelas abelhas nas colmeias, como apitoxina, geleia real, pólen, própolis, mel e outros
      2. Aromaterapia: uso de concentrados voláteis extraídos de vegetais, os óleos essenciais promovem bem-estar e saúde
      3. Bioenergética: visão diagnóstica aliada à compreensão do sofrimento e adoecimento; adota a psicoterapia corporal e exercícios terapêuticos, ajudando a liberar as tensões do corpo e facilitando a expressão de sentimentos
      4. Constelação familiar: técnica de representação espacial das relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais de gerações ou membros da família
      5. Cromoterapia: utiliza as cores nos tratamentos das doenças com o objetivo de harmonizar o corpo
      6. Geoterapia: aplicação da argila com água no corpo; pode ser usada em ferimentos, cicatrização, lesões e doenças osteomusuculares
      7. Hipnoterapia: conjunto de técnicas que, pelo relaxamento e concentração, induz a pessoa a alcançar um estado de consciência aumentado para alterar comportamentos indesejados
      8. Imposição de mãos: imposição das mãos próximo ao corpo da pessoa para transferência de energia para o paciente; promove bem-estar e diminui o estresse e a ansiedade
      9. Ozonioterapia: mistura dos gases oxigênio e ozônio por diversas vias de administração; tem finalidade terapêutica e promove melhoria de diversas doenças, sendo usada na odontologia, neurologia e oncologia
      10. Terapia de Florais: uso de essências florais que modifica certos estados vibratórios; auxilia no equilíbrio e harmonização do indivíduo

      Terapias já oferecidas

      1. Ayurveda
      2. Homeopatia
      3. Medicina tradicional chinesa
      4. Medicina antroposófica
      5. Plantas medicinais/fitoterapia
      6. Arteterapia
      7. Biodança
      8. Dança circular
      9. Meditação
      10. Musicoterapia
      11. Naturopatia
      12. Osteopatia
      13. Quiropraxia
      14. Reflexoterapia
      15. Reiki
      16. Shantala
      17. Terapia comunitária integrativa
      18. Termalismo social/crenoterapia
      19. Yoga


      Fonte: http://www.semanaon.com.br/conteudo/7672/sus-inclui-dez-novas-terapias-alternativas-como-a-de-florais

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